Funcionária do Pronto Socorro Vera Cruz coloca em prática um dos últimos desejos de seu pai
Publicada em 31 de maio’
” Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante / do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo “(…)
A canção de Raul Seixas bem que poderia ser a trilha sonora que toca cada vez que Desirré Garcia de Benedete, de 34 anos, caminha nos corredores do Pronto Socorro Vera Cruz, de Mongaguá, em horário de trabalho. É que a supervisora do PS do Instituto Alpha de Medicina para a Saúde desconstruiu a ideia de como era estar num ambiente hospitalar, todo dia. Transformou a experiência em missão.
Tudo mudou após uma perda. O pai da moradora de Mongaguá morreu após lutar contra um câncer.
“Aprendi muita coisa durante esse um ano com ele, nas 31 radioterapias. Foi muito tempo de hospital e não pude reclamar de nada. O tratamento das pessoas em Bauru era muito bom. O sistema de classificação de risco era igual ao daqui, de Mongaguá. E vimos como esse tratamento das pessoas fazia a diferença”, lembra ela.
A supervisora conta que conversando com o pai, ele contou que um de seus últimos desejos era retribuir, ajudar pessoas naquele ambiente hospitalar.
Ele, infelizmente, não teve tempo. Mas o destino se encarregou de resolver isso.
O pai da supervisora do PS morreu em 27 de abril. Em maio ela já completava os trâmites para começar a trabalhar em junho.
Inicialmente como assistente administrativa, identificou no dia a dia, a possibilidade de completar a vivência desejada pelo pai.
“Vi que poderia ajudar pessoas, mesmo com o mínimo: um sorriso, um abraço, um toque na mão, uma satisfação. Pois todas as vezes que eu fazia isso, eu lembrava do meu pai. A experiência tem sido maravilhosa e tem ressignficado a minha vida”, diz ela, como a música de Seixas ” sobre o que é o amor “.