Mesmo em pandemia, jovem maqueiro do Instituto Alpha, de Moguaguá, se apaixona pela área da saúde e começa a estudar Enfermagem. Hoje ele acolhe, amanhã sonha em salvar.
Publicado em 31 de maio
A primeira vista, o trabalho de Leonardo Davi de Souza, de 25 anos, parece braçal. Afinal, é dele a mão que levanta pacientes, diariamente, numa maca. Mas, o morador do bairro Jardim Praia Grade, de Mongaguá, enxerga mais que isso: “A gente ajuda o próximo, não nos primeiros socorros, mas no primeiro ato, que é acolher. Querendo ou não, somos a mão que ajuda essa vida”.
O jeito de ver seu propósito no Instituto Alpha de Medicina para a Saúde vem de seu histórico profissional. O jovem nascido na Bahia mas criado desde pequeno na Baixada Santista sempre teve vocação para ajudar.
“Primeiro eu entrei no Corpo de Bombeiros por causa do interesse em ajudar ao próximo. Fui Guarda-Vidas temporário do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GB-Mar) de Mongaguá por dois anos e me encontrei. Mas me mudei para São Paulo, vendia planos de saúde e assim que voltei para Mongaguá, fiquei sabendo da vaga e tentei. Me chamaram”, comemora ele.
O profissional conta que o ambiente de trabalho fez com que ele sonhasse ainda mais. “Graças a Deus os médicos e enfermeiros aqui nos enxergam. Aqui o maqueiro não é só o maqueiro. A gente é maqueiro, mas a gente vive a enfermagem. Os colegas de trabalho viram que eu tinha gosto pela área e conforme o pessoal foi falando que eu tinha jeito, comecei a correr atrás”, disse o estudante de Enfermagem.
Motivado, o profissional quer seguir na área e ajudar pessoas.
“Agradeço a Deus, primeiramente, mas também à Alpha por ter me dado a oportunidade. Mostro isso em serviço e futuramente penso em mostrar muito mais, como enfermeiro”, comenta.